Uma boa enxada ao ombro
é de tal ferramenta que careço.
O suor umedecer as raízes
dos arbustos silvestres.
Exaurir-me os músculos
das mãos e das faces.
Uma cabaça d'água à cintura.
Um cigarro de palha
entre a orelha e o grude.
Quando o crepúsculo
abater-se sobre a nuca
um intervalo para um gole
e para um trago.
Mas sem demora.
Tem muita batata doce
sonhando com a sepultura.
Um comentário:
Versar
é estivar pensamento.
Enxada é caneta
Sementes são letras....
Adubo é sentimento
A batata do poeta
não está na perna ...
É poesia enraizada...
Se a gente extrai-la
Teremos comida pra fartar
o coração do mundo !
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