Sejamos levados pelo alaúde
e pela doce voz do eunuco.
Esqueçamos banho de sal grosso,
cristais, natureba mística e benzedeiras.
Nossos olhos tanto sofreram de infernais ciscos.
Em nossos ouvidos por um longo tempo tanta surdez.
Já não ouvíamos as andorinhas,
pisávamos em folhas secas como em seixos.
Deixemos nossos corações louvarem o alaúde
e a dengosa voz do castrato.
Nossas almas precisam de um divino silêncio.
Nossos corpos de marcas e febre.
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