TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Os Beija-flores Doam Sangue

O abismo não deixará de existir.
Os monstros, os levianos, os tolos
hão de prosseguir a jornada do mal.

Haverá dias cinzentos, vazio, tristeza.
Sonhos exaustos com estigmas.

Pensaremos até em dizer adeus mundo velho.
Cortar pulsos, tomar comprimidos.

Se houvesse uma árvore disponível:
uma forca.

O tempo continuará sem sentido.
Muitas vezes (uma longa parte dele)
trará aquele desânimo e aquela
louca e triste vaidade.

Mas te digo:
o milagre brilha aos nossos olhos
quando criamos uma ponte com alguém
feita de arco-íris, algodão-doce, jasmim.

Mesmo sentindo enjoo
e pensando ser a pessoa
(naturalmente)
de outro planeta.

3 comentários:

joão alberto lupin disse...

"la primera vez
no te conocí.
la segunda, sí"
(federico garcia lorca).

domingos,
um abraço, pra lá de, fraterno!

Domingos Barroso disse...

Lupin, outro forte abraço.
Que os beija-flores
ao doarem sangue
enterneçam os corações
de tantos.

joão alberto lupin disse...

principalmente o meu coração infartado.