Acabo de chegar da rua onde encontrei uma situação humorística. Vinha pela Rua João Pessoa, quase em frente à Siqueira Campos e encontrei meu amigo Mitonho quase que discursando para o grupo com quem conversava. Com voz de amplificadora ele repetiu muitas vezes o seu desejo: Eu quero mesmo é ser o Dadá!
Fiquei tonto. Mitonho estava com curto circuito no juízo. Há quanto tempo não se ouve falar no Dadá Maravilha. O Peito de Aço que desapareceu nas brumas do tempo e do esquecimento relâmpago da mídia.
Qual o quê? O Dadá era outro. Soube pela voz tonitruante do próprio Mitonho.
Dadá, o Idalberto Matias Araújo, o “grampeiro” mor da lama brasiliense. Dizia Mitonho: “O homem é pau para toda falcatrua. Descobriria até o Segredo de Fátima. Serviu ao SNI, à polícia, a político de “a” a “z”, bicheiro, trambiqueiro. O homem tem um prestígio danado! Ele é como um camaleão: é espião, grava grampos, ele mesmo distribui, é repórter das revistas e televisões mais importantes do Brasil, participa de complôs e de tanta coisa por dinheiro que até o pai eterno duvida.
Eu de boca aberta por Mitonho saber tanta coisa assim de um personagem que nós aqui no Crato nem fixamos o nome. Mas Mitonho continuou com seu palavrório em metralha: Dadá serviu ao Amaury Junior para descobrir as falcatruas contra a Campanha da Dilma e era o primeirão na ocasião de derrubar ministro. Dadá este homem de tantos patrões e tantos serviços é a pessoa mais importante do Brasil.
Menos Mitonho. Menos! Tem coisa muito pior. Quando se descobre um bueiro de esgoto e o cheiro toma conta do ambiente, esse não é o cheiro pior, tem odores muito mais penetrantes e fétidos. Você viu esse Amaury Junior? Leu o livro dele sobre a Privataria das estatais. Rapaz pense num cheiro de queimar a alma.
Pode ficar calado! – Mitonho está com a macaca mesmo – Eu sei de toda a sacanagem dos paraísos fiscais, das empresas fantasmas e da lavagem de dinheiro. Sou eu quem tem o quê dizer. Você pode confiar em mais alguém? Não! Desde os tempos da bíblia os trinta dinheiros arrebata até a alma do sujeito. Veja este Dr. Tomás Bastos, que foi ministro da Justiça, pode? Que coisa mais sem medidas: agora aparecer ganhando um mar de dinheiro defendendo o sujeito que fu* com o Estado. Ameaçou autoridades, roubou, enriqueceu e não pagou nada de imposto de renda. A renda anual declarada pelo Cachoeira é menor do que a tua: 23 mil reais. Menos de dois mil por mês. E o doutor salta do mister da Justiça do Estado para ajudar a quem desmoralizou o Estado? Será que vai trabalhar de graça para este pobre que merecia a defensoria pública? Sinceramente eu olho para as coisas do mundo e só me vem as imagens terríveis das aves de rapina ou dos animais carniceiros!
Olhei de lado e vi a placa da Linea Office: qualidade e bom gosto que você merece. Taí uma rápida escapadela da radiadora de Mitonho.
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