Após
a derrota do soberbo time espanhol de futebol do Barcelona, ante a sofrível
equipe italiana do Milan (e os dois posteriores reveses no clássico espanhol
contra o Real Madri), os “gênios” que militam na imprensa esportiva caíram de
pau, baixaram o malho, sentaram a pua e, literalmente, “decretaram” que os
defensivistas treinadores adversários finalmente haviam encontrado uma maneira
de parar a máquina catalã, de acabar com o futebol-arte do Barcelona, de impor
a força-bruta sobre um conjunto harmônico.
A “receita’, para tanto, seria restringir
o espaço dos artistas da bola, exercer uma marcação implacável sobre seus
principais executores, não deixá-los livres um instante sequer; especialmente
sobre um determinado argentino baixinho, de há muito considerado o melhor
jogador de futebol do mundo, da atualidade (e que dentro do campo não vive de
apelar pra frescurites, como determinados “astros” brasileiros).
Ironicamente,
denominaram tal modelo de a “jaula”, que consistia em adiantar os quatro zagueiros
e recuar os quatro meio-campistas, povoando e compactando aquele espaço onde o
argentino trafega com exímia maestria e desenvoltura. Fato é que, como o melhor
do mundo esteve visivelmente fora do “normal” nas três partidas, teria ficado
“preso” na marcação, daí a invencionice de que fora “enjaulado” (e, no entanto,
num olhar mais atento, dava pra se notar que o mesmo aparentava estado febril).
Esqueceram
os “gênios” da imprensa esportiva que, num ambiente onde a individualidade pode
assumir papel determinante, torna-se prematuro provocar uma fera-ferida, com
vara curta.
E
assim, a resposta do melhor do mundo apareceu na partida de volta: ao entrar em
campo já com o placar adverso de dois gols, ele resolveu voltar à normalidade,
roubar a cena, emudecer e desmoralizar seus críticos, comandando o “baile” do Barcelona
na tonitruante goleada de 4 x 0 (dois
dos gols foram seus e teve participação nos outros dois).
Assim,
comprovado restou que não há “jaula” no mundo que consiga obstar a genialidade,
trancafiá-la em seu interior, impedi-la de manifestar-se em toda a sua pujança,
principalmente quando a “fera-ferida” (e que presumivelmente fora enjaulada) responde
pelo nome de Lionel Messi.
Ô
“argentinozinho” pra jogar.
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