Generais e líderes nazistas no tribunal internacional de
Nuremberg foram condenados por suas ações de guerra e extermínio. Ultrapassaram
qualquer marca de humanidade mesmo no papel que lhes cabe que é a guerra. O
mesmo pode ser dito a militares brasileiros que participaram de tortura a
presos (nem sempre políticos ou militantes de esquerda) durante a ditadura
militar. Eram soldados, guerreiros treinados para matar, mas mesmo assim
cometeram crimes pois matar e torturar não é a missão específica mesmo parecendo
ser.
Agora peguem um médico, ou outro profissional de saúde e o
ponha na mesma função de um Mengele ou de assistente de tortura nas selas dos
porões dos quartéis para acompanhar o limite e atestar com laudos falsos as
causas da morte. Este é criminoso contra a humanidade e fere essencialmente a
função quase divina de sua razão de ser: que é curar.
Médicos como Mengele são piores que a perversidade do
guerreiro. Eles são traidores da função, da humanidade e praticam um ato que
ultrapassa qualquer apresentação digna que possa ter. A respeito de que isso
tudo?
Uma comunidade no facebook, com mais de cem mil seguidores,
chamada “Dignidade Médica” acumpliciou-se aos porões da ditadura e aos
banheiros dos campos de extermínio com Auschwitz na manifestação de alguns dos
seus. Ao Conselho Federal de Medicina não basta responder com notas condenatórias,
precisa buscar autores e punir exemplarmente. O MPF precisa agir com o mandato
do direito.
O que manifestaram nesta comunidade do Face? Postaram frases
como: “70% de votos para Dilma no nordeste! Médicos do nordeste causem um
holocausto por aí! Temos que mudar esta realidade.” “Meus amigos, infelizmente temos
de ser terroristas e nos colocarmos no nível de conversa que pobre entende!” “Colegas
que votaram em Marina nesse primeiro turno, podemos contar com o apoio dos
senhores para o segundo turno votando no Aécio.”
No dia em que grupos médicos chegaram a termos como estes, a
profissão com um todo foi enlameada no fosso do maior nível de desinformação,
analfabetismo e absoluto desprendimento da realidade. Aí temos a prova que
mesmo a formação científica superior não é suficiente a promover humanidades
como já sabíamos desde a Alemanha Nazista.
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