Independentemente
do resultado da sessão da Câmara Federal a ser realizada no dia de
hoje, para tratar do encaminhamento do “ilegal”
processo
de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, já existe um
derrotado antecipado: o Supremo Tribunal Federal.
Sim,
porque ao criminosamente
procrastinar
o julgamento ad eternum de um comprovado marginal com assento na
presidência da Câmara Federal (Eduardo Cunha), mesmo diante do
caminhão de provas dos
crimes por ele perpetrados
(que
lhe valeram a condição de “réu” da Justiça), os
integrantes daquele colegiado implicitamente
ignoraram o seu modus operandi mafioso e, assim, chancelaram
todas as irregularidades por ele levadas
avante, em proveito próprio e em desfavor do erário e da sociedade.
O resultado todos nós conhecemos: livre, leve e solto, o bandido
Eduardo Cunha não só manteve sua postura arrogante, sectária e
prepotente, como exacerbou-a, ao desafiar o ministro Marcos Aurélio
Mello, não cumprindo (até hoje) uma determinação judicial por ele
proferida.
Fato é que, mesmo não tendo nada contra si, a “FICHA
LIMPA” e Presidenta da República Dilma Rousseff será “julgada”
dentro de poucas horas pelo “FICHA SUJA” Eduardo Cunha e sua
“quadrilha parlamentar” (séquito de deputados por ele
financiados, e também já citados em ações de improbidade e
lavagem de dinheiro).
O resultado é imprevisível e, embora os
jornalões, revistões e televisões já há um certo tempo deem como
vitoriosa a tese do impeachment, paira no ar a sensação de que os
verdadeiros defensores da Democracia (os parlamentares
constitucionalistas) não permitirão que haja a ruptura do processo
de legalidade que vivenciamos há apenas pouco mais de vinte anos.
Afinal, o que poderíamos esperar de um governo nascido de um golpe
de estado (que não seja produto do escrutínio público) e, pois,
sem qualquer credibilidade, além de ter no seu comando uma figura
comprovadamente corrupta, bandida, que passou toda a vida metida em
falcatruas mil (mas que, ironicamente, poderá inclusive assumir a
Presidência da República, na perspectiva de que não lhe obstem a
trajetória criminosa).
E
se
estamos a
passar tudo isso, existe
uma
razão simplória: a falta de sensibilidade, a
preguiça, a
covardia e a omissão dos integrantes da nossa corte maior, o Supremo
Tribunal Federal que, tal
qual Pôncio Pilatos,
preferiram lavar as mãos numa
decisão crucial como essa,
com
reflexo para milhões e milhões de pessoas. Lamentável e
vergonhosamente.
- Assim,
resta-nos
torcer para que a “DEMOCRACIA” sobreviva ao
golpe e
que após
o desfecho favorável, mesmo
que num
átimo de responsabilidade e respeitabilidade (ainda
que
tardios) a Justiça brasileira se recomponha, julgando e enjaulando
de vez tão abjeta figura, o
bandido mor de todo esse esquema (Eduardo
Cunha).
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