E não deu nem para esperar
pelos tradicionais 100 dias de arrego, normalmente concedidos a quem chega lá,
a fim de que pudéssemos emitir algum juízo de valor. Com menos de dois meses de
assunção do poder, muitos daqueles que sufragaram o atual inquilino do palácio
do Planalto (Jair Bolsonaro) já mostram inequívocos sinais de arrependimento e
desesperança ante a falta de comando e inaptidão para a função de Presidente da
República, demonstrados pelo próprio.
É que, acostumado à
inoperância e vadiagem reinante no baixo clero da Câmara Federal, onde passou 28
anos sem nada produzir (a não ser em benefício próprio), o truculento, despreparado
e incompetente ex-capitão do exército já deve ter se perguntado o que está
fazendo ali e como tantas pessoas tiveram a coragem de o sufragarem (é, literalmente,
uma barata-tonta a zanzar sem rumo pelos corredores do palácio).
Já nós outros, estupefatos, descobrimos,
da noite pro dia, que embora muitos militares hajam sido alocados em
postos-chaves da estrutura presidencial como uma forma de escudo protetor ao
descalabro que mais cedo ou mais tarde eclodiria (como está a ocorrer), constatamos
que estamos a ser geridos por uma inédita “congregação-familiar”, a “babycracia”.
Que nada mais é que a oportunista,
perigosa e deslavada cessão do direito de governar, de Bolsonaro aos três filhos,
todos “empregados” na política pelo próprio pai (vereador, deputado e senador) e,
portanto, seus fiéis escudeiros.
Arrogantes, prepotentes e
sem escrúpulos, os “babys” (Carlos, Eduardo e Flávio) em tão pouco tempo baldearam
o coreto de uma forma tal que findaram por, inadvertidamente, “entregar o ouro”:
é que, tal qual as tradicionais famílias
italianas vinculadas à máfia, por aqui o
clã Bolsonaro tem a proteção desabrida das perigosas milícias-militares
estabelecidas no Rio de Janeiro (gente da pesada, que atira antes de perguntar).
A propósito, o atual Ministro
da Justiça, o todo poderoso ex-juiz, Sérgio Moro, bem que poderia nos informar por
onde anda o “motorista-milionário” do Flávio Bolsonaro, por cuja conta bancária
transitaram milhões e milhões de reais ???
Ante o exposto, a dúvida que
nos assalta é se os “milicos”, já lá instalados, aceitarão passivamente que os “babys”
irresponsáveis mandem e desmandem, casem e batizem, façam e desfaçam e, enfim, assumam
de vez o poder, já que com carta-branca do pai, para tal.
O retrato emblemático de tal
situação nos foi mostrado hoje, quando o presidente do partido, coordenador, tesoureiro
da campanha e Ministro do governo de Bolsonaro (outro meliante) foi
sumariamente escorraçado do Planalto em razão de divergência com um dos rebentos
do presidente (Carlos).
Seria essa a senha para que
os “estrelados” forcem a barra e assumam de vez o poder, na perspectiva que o
estado de saúde de Bolsonaro inspira sérios cuidados ??? Ou prevalecerá, por cima de pau e pedra, a “babycracia”
???
A conferir.
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