Os moradores de Fortaleza, todos sabemos que nas administrações Juraci Magalhães e Antônio Cambraia a cidade experimentou um surto de desenvolvimento inquestionável; e para corroborar isso, à época a muito bem bolada propaganda oficial anunciava que para se constatar o progresso vigente na cidade bastava “abrir a janela” e lá estavam viadutos, parques, novas ruas, praças, etc.
Uma dessas obras e de grande utilidade foi o Parque Parreão I, localizado no Bairro de Fátima (vizinho à Rodoviária, entre as avenidas Borges de Melo e Eduardo Girão) porquanto um local destinado a prática de caminhadas, atividades físicas, reencontro de amigos e por aí vai; enfim, um agradável e aprazível local para onde acorriam os moradores de diversos bairros, principalmente nas manhãs e finais do dia.
Compreensivelmente e como de praxe, a fim de registrar para a posteridade sua marca, a administração de então fincou numa das laterais do parque um modesto pedestal encimado por uma placa onde registrado estavam os nomes do prefeito e secretário responsável (Juraci/Cambraia), data da inauguração (03 de Setembro de 1993) e outras informações básicas.
De lá para cá o Parque Parreão I, por descaso e falta de manutenção, enfrentou um desgastante e corrosivo processo de degradação, com o consequente afastamento daqueles que o frequentavam, tendo em vista a invasão do pedaço por marginais de alta periculosidade.
Eis que, na atual administração da cidade, houve a “recuperação” do Parque Parreão I, só que com um detalhe ESTARRECEDOR e de uma DESONESTIDADE a toda prova: mantido o pedestal original, a placa com os nomes de Juraci Magalhães e Antônio Cambraia foi criminosamente substituída por uma outra onde os frequentadores tomam conhecimento que o Parque Parreão I foi “INAUGURADO” em 16.setembro.2014, na administração do prefeito Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra, tendo como secretário da prefeitura um tal Samuel Antônio Silva Dias e chefe da regional IV o senhor Francisco Airton Morais Mourão.
Ou seja, no interstício de 21 anos - entre setembro/1993 e setembro/2014 - o Parque Parreão nunca existiu e nunca foi usado pela população (inclusive o signatário), foi apenas um sonho de verão (o que deixa os seus frequentadores com a ESTRANHA SENSAÇÃO DE “DÉJÀ VU”).
Além do desrespeito patente a um dos maiores prefeitos de Fortaleza (já falecido), tal atitude simboliza uma irresponsável e abusada tentativa de APROPRIAÇÃO INDÉBITA, porquanto os fortalezenses que usam o Parque Parreão I (já há mais de duas décadas) sabem que o próprio foi idealizado, projetado e inaugurado pela dupla Juraci Magalhães/Antônio Cambraia (no dia 03 de Setembro de 1993, é necessário que se repita).
Conclusão: do jeito que está, temos configurada uma situação ilegal, imoral e amoral e, se restar uma nesga de honestidade ao atual prefeito da cidade a placa original (com os dados corretos) será reposta e, ao seu lado, aí sim, um outro pedestal e uma outra placa informarão da “REINAUGURAÇÃO” (e não “INAUGURAÇÃO”) do Parque Parreão I, na atual administração. É o mínimo que se pode esperar de pessoas com um átimo de ética, sensatez, honestidade e clarividência (difícil e encontrar na atual gestão de Fortaleza).
Portanto, “desonestidade” é a palavra apropriada a ser usada para explicar a estapafúrdia decisão do atual prefeito de Fortaleza de, em assumindo como se fossem suas grandes obras realizadas por prefeitos que lhe antecederam, tentar apagar da memória da cidade todo um passado.
E aqui urge que alguma providência possa ser tomada por quem de direito, sob pena de que tenhamos uma espécie de “exterminador da história”, já que dentro em breve uma simples reforma de um IJF, a ponte sobre o Rio Ceará, os viadutos que proliferam pela cidade e por aí vai, serão “INAUGURADOS” e terão sua paternidade atribuída ao atual prefeito da cidade.
Afinal, SE O “PARQUE PARREÃO” FOI INAUGURADO EM 16.09.2014 PELO ATUAL PREFEITO DA CIDADE, ESTARIAM SEUS FREQUENTADORES ACOMETIDOS DE “DÉJÀ VU” ???
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O que é Déjà Vu:
Déjà vu (pronuncia-se Déjà vi), é um termo da língua francesa, que significa “já visto”. Trata-se de uma reação psicológica que faz com que o cérebro transmita para o indivíduo que ele já esteve naquele lugar, sem jamais ter ido, ou que conhece alguém, mas que nunca a viu antes.
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