Que
ele, em sua atividade, prestou relevantes serviços à nação,
ignorar quem há de ??? Que nos fez sentir um orgulho imenso de ser
brasileiro, como esquecer ??? Que serviu de exemplo para toda uma
geração de jovens, alguém ousaria discordar ???. E como
olvidar dos momentos prazerosos que
nos propiciou ???
Mas…
o tempo passa (OU PASSAMOS PELO TEMPO ???)
Fato
é que,
como ser humano, envelhecemos inexoravelmente e não há como disso
fugir; e, em seu caso específico, mesmo sendo um atleta de ponta (e
até por isso mesmo, já que o treinamento é por demais exigente e
rigoroso)
os músculos compreensivelmente teimam em não mais obedecer as
ordens emanadas
do cérebro,
a flexibilidade já não é a mesma, o fôlego já escasseia, o
cansaço chega mais cedo, o campo visual progressivamente se
restringe, as contusões aparecem com mais constância e apresentam
dificuldade de recuperação; e, em
consequência, o
rendimento jamais será repetido.
Melhor,
então, ter humildade de reconhecer tudo isso, evitando que uma
biografia irretocável seja manchada por simples vaidade, capricho ou
teimosia. Impõe-se,
pois, a entrega do bastão ao sucessor.
Assim,
a chegada
do “ocaso” de um ídolo é um momento extremamente penoso,
sofrido
e difícil, não
só para
o
próprio,
mas,
principalmente, para a sua legião de admiradores,
já
que sempre existirá, intimamente, aquele
desejo de “quero mais”, que
“ainda dá” e por aí vai.
A
reflexão acima é só pra pontuar que o nosso esplendoroso atleta
“GIBA” (do vôlei), cuja história de vida e superação será
sempre um exemplo pra gerações futuras (enfrentou e venceu um
câncer, ainda
na
juventude), despediu-se da seleção brasileira com o travo amargo de
uma derrota inexplicável
numa
final olímpica (depois de abrir 2 x 0 contra a Rússia e
no terceiro set marcar 21 x 19, a
seleção brasileira sofreu a virada de 3 x 2).
Restou-nos
a certeza
e o lamento que
um ser humano tão especial merecia mais um título mundial em seu
currículo, mais uma vez ser considerado o melhor do mundo, de novo
uma medalha de ouro no peito. Chegou
tão perto...
Como
não deu, só nos resta saudá-lo efusivamente
com
o tradicional bordão do locutor global, que o Brasil inteiro
aprendeu a gritar a plenos pulmões nas madrugadas ou manhãs de
domingos,
quando a seleção mais dele precisava: “GIBA NELES” !!!
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