Caro Baudelaire,
Muitos anos de minha vida
me embriaguei,
de loucura, de poesia,
de sexo, drogas e algum
rockenroll...
Mas o mundo seguiu seu curso...
o Tempo seguiu seu curso...
Vi que meu discurso não mudava o mundo...
e que se eu furasse meus olhos,
mudaria o mundo...
mas não furei
preferi mudar o foco
trocar a lente de minha kodak
cultivar o silêncio
e colecionar nuvens...
talvez o mundo não tenha mudado
(mas o que é o mundo se não o que
vejo e penso que seja o mundo?)
eu mudei,
e sigo mudando...
só a mudança é imutável
é mais fácil mudar...
parar, cansa...
(tudo se move num
moto contínuo
ad infinitun)
Virtude não embriaga,
nos faz transcender a condição humana
Poesia não embriaga,
nos faz co-autores da criação,
O Mundo é o que pensamos...
O Mundo não é o que pensamos...
(para Lupeu e Leonel)
5 comentários:
Parabéns, Nicodemos,
Não costumo ficar aplaudindo esse ou aquele poema, apenas os que realmente me são caros. Achei formidável sua carta a Baudelaire.
Embriaguem-nos de Arte, de maneira geral. Essa á a única embriaguez e desordem que me permito, e a maior de todas elas.
Feliz Aniversário,
Dihelson Mendonça
É uma carta para todos nós. Um grande abraço, rapaz.
Nicodemos,
abraço-te entusiasmado
com esse belíssimo poema...
Caro Dihelson,
aqui é o Nicodemos, logado no pc de Socorro.
Grato por seus comentários...
pelos parabéns tambéns
o poeta não fala sozinho...
escreve para os poetas...
Valeu, Nicodemos,
grande carta, meu caro, uma cartada maior ainda.
abraços
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