Ainda
com relação à matéria do The Intercept, convém atentar que num dos diálogos
mantidos pelo ex-juiz Sérgio Moro com o Procurador Deltan Dallagnol, em
31.08.2016, temos a confirmação explícita de que a tal Lava Jato já àquela
época atuava em defesa dos interesses dos “gringos”, o que configuraria crime
de lesa-pátria. Veja abaixo (ipsis litteris):
31
de agosto de 2016
Moro
– 18:44:08 – Não é muito tempo sem operação ?
Deltan – 20:05:32 – É sim. O problema é que as operações
estão com as mesmas pessoas que estão com a denúncia do Lula. Decidimos
postergar tudo até sair essa denúncia, menos a op do taccla (sic) pelo risco de
evasão, mas ela depende de Articulação (sic) com os americanos.
Deltan 20:05:45 – (Que está sendo feita)
Deltan – 20:05:59 – Estamos programados para denunciar dia
14
Moro – 20:53:39 - OK
(Fonte: The Intercept)
Falta,
agora, que após nos servir tão suculenta “entrada”, Glenn Greenwald nos sirva o
prato principal do banquete, que seria as “confidências/combinação” (que tendem
a ser apimentadas e explosivas) entre Sérgio Moro e o Desembargador Gebran
Neto, à época a frente do Tribunal Regional Federal 4, de Porto Alegre, onde o
ex-presidente Lula da Silva teve a pena imposta por Sérgio Moro não só
confirmada, mas substancialmente aumentada (e de forma orquestrada) pelos três
componentes daquele Tribunal, de forma que a condenação fosse “acelerada” (a
pedido do Sérgio Moro ???), independentemente do processo não ter transitado em
julgado e, portanto, “ainda” se achar inconcluso (é bom lembrar que Gebran Neto
foi colega de Sérgio Moro na academia por anos e com ele guarda “afinidades”
mil).
Em
outras palavras, pelo andar da carruagem a tendência é que o gravíssimo crime
perpetrado pela dupla Sérgio Moro/Dallagnol não ficou adstrito à primeira
instância, já que seus tentáculos se espraiaram como rastilho de pólvora de
Curitiba a Porto Alegre (segunda instância), o que caracterizaria “formação de
quadrilha”.
Fato
é que, após Sérgio Moro a Petrobras foi esquartejada (uma equipe da Lava Jato,
junto com o ex-Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, foi aos Estados
Unidos entregar informações e documentos que serviram para que a Petrobras
fosse acionada judicialmente), o pre-sal (nosso passaporte para o futuro) foi
entregue às grandes petrolíferas internacionais a preço de banana em fim de
feira, a nossa indústria naval abandonada, assim como a competente e
respeitável indústria pesada brasileira desmontada, resultando por tornar
possível que um elemento absolutamente despreparado e incompetente ascendesse à
Presidência da República, mesmo com a promessa de “desconstruir” tudo que havia
sido construído até então (o que está sendo feito com celeridade).
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