Tenho saudades do João Roberto. De sua força telúrica. Sua rebeldia em todos os lugares que frequentava. Quantas vezes foi expulso da sala de aula pois não se adequava à pedagogia do ensino e você aprende ainda com com as sombras da palmatória.
O João Roberto cresceu o mesmo. No início da vida adulta era igual ao que fora em criança. Não suportava a "ordem" de uma cidade provinciana, arraigada às famílias tradicionais e a um conservadorismo que desmanchava e se abalava com um simples homem cabeludo ou com as canções ainda melosas, mas mobilizadoras, como os Beatles.
Como naquela época, era comum, as pessoas que chegavam ao segundo grau e a família tinha posse, ia para alguma capital nordestina estudar. E ele foi. O perdi de vista. Foram os anos fundamentais na vida estudantil nacional e no mundo todo. Aquele período que está marcado na história como o símbolo de um determinado ano: 1968.
Então vida que vai e estou num ônibus em Fortaleza e me reencontro, lá no último assento do ônibus o João Roberto sozinho. Ele responde à minha exuberância alegre do reencontro com mais expressão no rosto do que no gestual de braços e corpo.
João Roberto era perseguido pelo regime Militar. Estava clandestino e o reencontrei por acaso. Como um agente poderia tê-lo reconhecido. Conversamos sobre a situação, ele me disse o que acontecia e tempos depois soube que tinha ido para o Uruguai e morrera com um uma neoplasia ainda no início da vida.
Estou falando de João Roberto Pinho. Um conterrâneo e comtemporâneo que me orgulha tê-lo.
O João Roberto cresceu o mesmo. No início da vida adulta era igual ao que fora em criança. Não suportava a "ordem" de uma cidade provinciana, arraigada às famílias tradicionais e a um conservadorismo que desmanchava e se abalava com um simples homem cabeludo ou com as canções ainda melosas, mas mobilizadoras, como os Beatles.
Como naquela época, era comum, as pessoas que chegavam ao segundo grau e a família tinha posse, ia para alguma capital nordestina estudar. E ele foi. O perdi de vista. Foram os anos fundamentais na vida estudantil nacional e no mundo todo. Aquele período que está marcado na história como o símbolo de um determinado ano: 1968.
Então vida que vai e estou num ônibus em Fortaleza e me reencontro, lá no último assento do ônibus o João Roberto sozinho. Ele responde à minha exuberância alegre do reencontro com mais expressão no rosto do que no gestual de braços e corpo.
João Roberto era perseguido pelo regime Militar. Estava clandestino e o reencontrei por acaso. Como um agente poderia tê-lo reconhecido. Conversamos sobre a situação, ele me disse o que acontecia e tempos depois soube que tinha ido para o Uruguai e morrera com um uma neoplasia ainda no início da vida.
Estou falando de João Roberto Pinho. Um conterrâneo e comtemporâneo que me orgulha tê-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário