“Não os temais, pois
não há nada encoberto que não venha a ser revelado e nem oculto que não venha a
ser conhecido. Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meu
discípulo, e a verdade vos libertará.”
Evangelho de São Mateus e São João.
“Em um mundo de engano
universal, dizer a verdade é um ato revolucionário.”
George Orwell.
Cada pequena vela
acende um canto do escuro.
Roger Waters
O momento é muito grave. O que acontece na Ucrânia, na
Síria, na Venezuela, no Egito e em muitos outros lugares acontecidos, em
acontecimento e por ainda acontecer tem um denominador comum: a mão dos Estados
Unidos da América. E, principalmente, os Estados Unidos não atendem mais aos
interesses do seu povo: são apenas as marionetes das grandes transnacionais,
bancos e corporações.
Quando Snowden revelou toda a trama de espionagem daquela
máquina de estratégias, sabotagens e perseguições estava marcado um poder antipopular
que atende aos interesses somente de uma minoria (os famosos 1%). Logo o
território mais livre que se conseguiu em termos de debate se mostrou um grande
embuste manipulado e vigiado por forças que desejam dominar a liberdade de
todos.
Esta contradição permanente entre o livre pensar e o controle
totalitário (ao estilo big brother) é um móvel dramático do início desse século
XXI e é uma longa herança do século passado. Acontece que os grandes e
universais meios como os livros, o teatro, o rádio, a televisão, o cinema e
agora a internet (que é uma telecomunicação) são instrumentos que facilitam a
promoção de controles, manipulações e poderes centrais totalitários.
Esses meios atingem muito rapidamente grandes massas
populares usando técnicas de psicologia social, levantando mitos culturais,
estimulando ódios antigos e trazendo para o presente aberrações anacrônicas
qual o antissemitismo, a perseguição de africanos na Europa, o ódio dos
ucraniano aos russos como é o último rastro de ódio e sangue.
Organizações políticas de direita se multiplicam pela
Europa, em grave crise econômica, desemprego e quebra dos direitos sociais. O
denominador comum destas organizações é o nacionalismo com forte ação de xenofobia.
A xenofobia é o denominador comum da direita europeia em seus vários matizes.
Acontece que temos desde uma direita democrática que aceita
o jogo das contradições até a extrema direita, violenta, do tipo fascista, que
não tem limites para a ação de causar danos ao que consideram o inimigo. Em
situações de descontentamento popular em relação aos governos esta direita
violenta se impõe sobre a maioria. Afasta os lideres moderados e ocupa a cena
principal.
Na Ucrânia quem venceu foi a extrema direita manipulada por
agentes estrangeiros e certamente pelo papel financiador e estimulador dos EUA
que pretendem causar prejuízos à Rússia. Criar uma inquietação na fronteira da
sua velha inimiga. A única nação que ainda se contrapõe ao jogo da política
externa americana, como no caso da Síria. Este é o jogo político internacional
de extrema gravidade.
Muita gente não sabe. Mas quem venceu a segunda guerra
mundial foram os Russos. Os americanos fizeram corpo mole sem entrarem na
Europa até quando o grande exército russo estava na fronteira da Alemanha. Eles
apostaram no desgaste humano e de materiais da União Soviética para que
restasse aos EUA, ao final da guerra, uma hegemonia inquestionável.
Não foi o que aconteceu até os anos 90. Mas adveio a crise
econômica, a União Soviética destroçada, a União Europeia se compondo e a China
crescendo. Esse é o quadro que desemboca nesse ano de 2014, com uma farsa de
guerra fria e uma tragédia de terceira guerra mundial que ninguém mais
imaginava.
* FODA-SE UNIÃO EUROPEIA.
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