Um evento
portentoso e de dimensões planetárias, como o é uma Copa do Mundo, não é apenas
e tão somente um mero torneio de futebol. Trata-se, em verdade, de uma rara
oportunidade do país-sede, seu povo e sua cultura serem divulgados pela mídia,
planeta afora. E para um país de dimensões continentais, bonito por natureza,
com uma fauna e flora exuberantes, costumes multifacetados e com integrantes de
diversas etnias, como o nosso Brasil (e que ainda figura hoje com destaque
entre os “emergentes” do mundo em termos de importância estratégica), nada mais
apropriado que aproveitar a ocasião para convincentemente vender-se como um
lugar receptivo e aprazível.
Afinal, a
chamada “indústria sem chaminés” – o turismo – é na atualidade uma geradora de
divisas em potencial, contribuindo para consistentemente alavancar o país que
tiver competência para usá-la com sabedoria e discernimento (vide países como a
França, Itália, Japão, China e por aí vai ).
Pois bem, o
nosso povo, o povo humilde das ruas, compreendeu de pronto o significado desse
momento histórico e, conscientemente, fez o seu papel, tratando os visitantes
internacionais com carinho, desvelo, atenção e amabilidade. E como estamos numa
“aldeia global”, o reflexo de tal recepção foi imediato: jornais e TVs de todo
o mundo divulgaram opiniões dos visitantes, todos extasiados e a trombetear o
nosso país, porquanto “bonito, grande, de boa comida, com mulheres lindas e,
principalmente, um povo extremamente receptivo e cordato”.
Mas, aí, a
“burrice siderúrgica” pintou no pedaço. E no apogeu da festa. É que uma minoria
de “iluminados” desprovidos de um mínimo de educação, civilidade e espírito
democrático, acomodados na área VIP do estádio onde o Brasil faria sua estréia
(vizinho à tribuna de honra, onde ficam as
autoridades convidadas) resolveu “saudar” ninguém menos que a nossa Presidenta
da República, com o raivoso refrão: “Ei, Dilma, vá tomar no cu” (é vero, senhora,
acreditem) mesmo conscientes, e até por isso mesmo, que a solenidade estava
sendo transmitida para bilhões de pessoas, mundo afora. Algo inadmissível e
difícil de acreditar, principalmente por tratar-se da nossa mandatária maior,
eleita democraticamente pela maioria da população brasileira.
Ora,
amigos, se não gostam da Presidenta, se por questões ideológicas lhe são
oponentes, se discordam do modo como ela governa ou do partido a que é filiada,
quer queiram ou não têm de admitir que ela ali estava representando o nosso
país, cacifada pelo aval de milhões de patrícios (além do que, no mínimo a
“instituição” Presidência da República merecia respeito).
Fato é que
a “coisa” foi tão imoral e despropositada que mesmo alguns adversários
políticos e parte da mídia que lhe faz uma crítica sistemática e diuturna se
manifestaram contrários, reprovando o ocorrido.
Exceção
para o senhor Aécio Neves, futuro rival na próxima eleição presidencial que,
mostrando um caráter duvidoso, tentou tirar proveito da situação ao declarar
que “a presidente está sitiada”.
Logo, Aécio
Neves, cuja “folha corrida” não o credencia a tais tipos de arroubos
(governador/senador de Minas Gerais vive “farreando” no Rio de Janeiro, onde já
foi flagrado dirigindo embriagado e na companhia de prostitutas, e se negou,
por motivos óbvios, a usar o bafômetro).
É esse o
homem que os que xingaram Dilma Rousseff, querem pra ser Presidente da
República ???